A ciência já comprovou a ligação de doenças bucais na gestação com a prematuridade. Idas ao dentista devem ser programadas para antes e durante a gravidez.
Tão importante quanto às idas ao obstetra e ginecologista para realização de exames deve ser também o pré-natal odontológico. “Vários estudos científicos comprovaram a relação do parto prematuro e o baixo peso com as infecções bucais da gestante”, explica o dentista Lesley Veloso do COE (Centro Odontológico Especializado). O protocolo é cuidar da futura mamãe com consultas de rotina eliminando cáries e tratando tudo antes do período. Mas, se a gravidez não foi programada o que é essencial para a saúde bucal e que causa desconforto deve ser tratado sem problema algum.
Devido às alterações hormonais várias doenças podem surgir na gestação como gengivite, estomatite, aftas recorrentes e outras. “Se causa dor é urgência. E, dor com infecção aumenta o nível de adrenalina no corpo de uma mulher, que eleva o metabolismo, tudo o que a gente não quer” relata Lesley. Se até o período menstrual traz mudanças no organismo, na gravidez tudo se multiplica: a progesterona aumenta 10 vezes e o estrógeno em 30 vezes.
A boca é a porta de entrada para todas as doenças e com o desequilíbrio hormonal a imunidade cai. Ela é a cavidade mais contaminada do corpo humano, é extremamente vascularizada. As bactérias do tártaro, por exemplo, são encontradas no enrijecimento das artérias, elas migram. No caso das gestantes as infecções bucais podem ser levadas à corrente sanguínea. O útero em resposta ao ataque de bactérias na boca se contrai, sendo um gatilho para um parto prematuro.
O pré-natal odontológico é a forma de prevenção segura para a mãe e o bebê. Nele a gestante é cuidada, orientada a como cuidar da boca do filho (a) e dos seus primeiros dentinhos. Idas ao dentista a cada 06 meses são bem mais baratas que problemas bucais.
Por Marcinete Aparecida Pereira Leite Lima.