
Programa Gol de Placa: todas as terças e quintas, às 17h.
Acabou a Copinha, Copa S. Paulo de Futebol Júnior. O Flamengo foi o campeão. Parabéns! Tudo bem! Porém, há que se ponderar muito sobre a Copinha. Primeiro sobre as disparidades entre os clubes grandes e os pequenos; segundo sobre a constituição das equipes e terceiro sobre a real valia de cada uma dessas equipes e da sua contribuição para a melhoria do futebol brasileiro. Tomamos por base a equipe campeã, o Flamengo. A maior parte dos jogadores que o público viu jogar, Thiago Silva (goleiro) Dener, Kleber, Patrick, Thiago Enes, Lucas Paquetá, Felipe Viseu, Ronaldo, Mateus Sávio e outros, são “fatiados”. Sabe o que isso quer dizer? Quer dizer que o Flamengo os contratou, cujos contratos se expiram em tempos determinados e o clube não é o DONO dos seus direitos profissionais. Tem outros clubes e empresas como parceiros nos negócios. Então, fica claro que os grandes Clubes, com maior poder de compra, têm como formar melhores times e ganhar os campeonatos, até mesmo a Copinha, o que deixa antever que a garotada que jogou pelo Flamengo não é do Flamengo e a maior parte não foi formada nas suas categorias de base. Quando terminarem seus contratos, esses jogadores estarão no mercado como se se tratasse de jogadores absolutamente profissionais. A Copinha não é, afinal, um ótimo negócio para o futebol brasileiro. Poderá ser para os donos dos direitos comerciais dos jogadores. Dos que se sobressaírem na Copinha, como foi o caso de alguns. O time que a disputou pelo Flamengo tem uma boa penca deles.
Terminou a Copinha entra a “Primeira Liga”. Começa no dia 27 próximo. Quem o assegura é seu Presidente, Gilvan de Pinho Tavares, embora a CBF, depois de autorizar clubes seus filiados a participar, tenha voltado atrás e dizer que vai punir quem o fizer. Alguém entende a CBF?
A propósito: Eugênio Figueiredo, ex-presidente da Conmebol, preso no Uruguai, delator no processo que corre nos Estados Unidos contra vários cartolas, disse que Ricardo Teixeira segue dando as cartas na América do Sul, como fazia antes como chefe de distribuição de propinas no continente. Alguém entende? Eu não! É difícil entender o complexo Futebol Brasileiro e a deficiente entidade sua mandatária a CBF!
Esporte é saúde, esporte é vida!
Autor: Carlos da Fonseca
A Crônica do Dia é transmitida durante o Programa Gol de Placa todas terças e quintas-feiras às 17h na Pomerana FM 98,5