Como não podia deixar de ser, a nossa crônica de hoje reporta-se à Eurocopa. Já viu porque, não?! Isso mesmo: a seleção portuguesa foi uma das doze que participaram do torneio e se sagrou campeã. Isso tudo você já sabia visto que a final foi no domingo passado e empolgou até quem não é português, tão grande foi o desafio e o triunfo. Os onze milhões de portugueses residentes em Portugal e espalhados pelos quatro cantos do mundo fizeram uma festa comemorativa digna dos maiores feitos mundiais. Porque a conquista da Eurocopa foi, afinal, um feito mundial. Entrando no mérito da conquista, aí as coisas já têm que ser explicadas. Como faremos a seguir pela nossa opinião, como é obvio. Então aí vai. O futebol português sempre rivalizou com o dos países europeus e, aqui e ali, sempre se sobressaiu de bom nível, pela dificuldade de recrutar um farto plantel de craques, visto que só tem nove milhões residentes em Portugal e dois milhões fora da metrópole. Devo referir que Portugal é, territorialmente, o dobro do Espírito Santo e só tem três vezes mais habitantes. E, no Espírito Santo, nós sabemos como vai o futebol. Daí que a seleção Portuguesa dificilmente será, sistematicamente, uma equipe com grandes galardões internacionais. Aliás, este título é o primeiro grande. Até agora os feitos se limitaram a rondar a área dos melhores e nunca o melhor. Portugal começou na Eurocopa com um time igual ao de sempre e numa chave dita fácil. E, na sua maneira de jogar, lá foi conquistando a classificação e se mostrando capaz de ir longe. Sem se imaginar tão longe como foi! Quanto a nós, além de um time arrumadinho e entrosado, com humildade, foi capaz de jogar o jogo que lhe interessava e podia fazer. Somou a tudo isso uma grande garra para vencer que apareceu, ainda mais, quando, por uma entrada mais forte, o craque do time, Cristiano Ronaldo, teve que deixar o gramado. Parece que isso juntou mais o restante do time que passou a igualar a superioridade do selecionado francês. E aí, deu no que deu: Portugal campeão! Um título que faz bem ao ego dos portugueses carentes, eles também, de um triunfo além fronteiras para minimizar algumas carências internas que, como o Brasil, também tem. No final do jogo, mandei uma mensagem para os meus filhos. Assim: a vitória da seleção do meu pequeno Portugal vingou o que tem acontecido à seleção do meu grande Brasil!