Da redação: Elton Luiz Victória
Brigas entre vizinhos chamam a atenção da Polícia em Santa Maria de Jetibá. Foram três casos de homicídios em apenas três semanas, todos por motivos banais.
No dia 09 de agosto, um sábado, uma discussão em um casamento iniciou uma discussão que terminou em tragédia. O acusado, cujo apelido era ‘Saddam’, 38 anos, pedreiro e morador de Vila Nass, era de Minas Gerais e morava com o pai na região há cerca de 2 anos. Saddam e a vítima trabalharam juntos em obras da região. Em um casamento iniciaram uma discussão com agressões físicas e foram apartados por amigos. No domingo, dia seguinte ao casamento, o agredido aguardou a chegada de Saddam ao trabalho no Bar da Zelita em Vila Nass, na localidade de Caramuru, já com intenção de matar, desferindo várias facadas, não dando chance de defesa para a vítima. A vítima morreu na hora. As informações são de os dois se desentendiam há mais tempo, até mesmo no trabalho. A vítima havia sido demitida do serviço a fim de evitar discussões, que eram frequentes. Saddam está foragido e foi indiciado por homicídio. Deve receber decisão judicial pela apresentação da prisão, podendo aguardar julgamento em liberdade. Testemunhas ajudaram a Polícia a identificar o acusado.
Em outro caso no dia 12, dois homens novamente se envolveram em mais uma briga. O acusado de nome fictício Vagner havia se mudado para a casa do pai em Santa Maria de Jetibá duas semanas antes do crime. Vagner, pedreiro, era do município de Serra e havia cumprido pena no Sistema Penitenciário de Viana e estava cumprindo pena em liberdade. Ele era vizinho da vítima em Rio Parasita, localidade próxima à Rio Possmoser. O morador vizinho já possuía desentendimentos com o pai de Vagner por cercas animais soltos na propriedade. Vagner, com ajuda do pai esfaqueou o Pedro, que morreu na hora. Ambos foram presos.
No dia 31 do mesmo mês uma discussão em Alto Santa Maria envolveu pelo menos sete pessoas. Era sábado de tarde quando dois amigos e moradores da região ligaram o som do carro em que estavam e acabaram provocando outros cinco moradores, que abaixaram o porta malas do veículo, incomodados com o volume do som e partiram para uma briga com o proprietário do veículo, que ficou desacordado. Foi quando o acompanhante do motorista, com o objetivo de defender o amigo, pegou um canivete no porta luvas do carro e golpeou o peito de um rapaz, que chegou a ser hospitalizado, mas não aguentou os ferimentos e morreu no mesmo dia. O autor foi preso no dia seguinte e ainda não sabia da morte da vítima. Há a possibilidade de legítima defesa para o caso, podendo inocentar o autor.
Segundo o investigador da Polícia Civil, Elton Luis, casos como estes apontam para o mesmo problema. “Todos foram gerados por desentendimentos com motivos fúteis. As brigas entre vizinhos têm chamado atenção para o número de casos semelhantes que têm acontecido nos últimos meses. É muito comum nessa região”, disse.