Arquiteto sugere a implantação de faixas para bicicleta nos dois lados das pistas, com nova proteção para evitar suicídios
Ciclovia de cada lado da Terceira Ponte, com uma barreira de proteção contra suicídios de 3,50 metros de altura. Esse é um dos projetos que vão constar na consulta pública que a Agência Reguladora de Serviços Públicos (ARSP) abriu para quem deseja sugerir mudanças no projeto de implantação da barreira de proteção contra suicídio.
Arquiteto e conselheiro do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Espírito Santo (CAU/ES), Heliomar Venâncio preparou um projeto batizado de “Ciclovida”. A ideia sugere a instalação de uma estrutura metálica anticorrosiva no sentido Vitória x Vila Velha e outra no sentido contrário com 2,30m de largura no total e 3,50m de altura cada.
Segundo Venâncio, “não tem como haver escalada” dessa forma.
“A estrutura seria acoplada ao concreto. Trata-se de um ferro de altíssima resistência e leve para justamente não interferir na estrutura original da ponte”, explicou.
A ciclovia, de acordo com o arquiteto, seria colocada um pouco abaixo da pista de rolamento de modo que o motorista se sinta protegido pelo guarda-corpo.
“Dessa forma, daríamos a oportunidade para as pessoas se deslocarem para casa ou para o trabalho de bicicleta sem enfrentarem engarrafamentos, contribuindo para a mobilidade urbana. Além disso, a ciclovida incentivaria a prática de atividade física e teria função turística”, defende Heliomar Venâncio.
Ele explica que as laterais da ciclovia seriam fechadas por policarbonato – um material translúcido e altamente resistente. A ideia, inclusive, não afeteria o visual da Terceira Ponte.
“Já a ventilação da área seria garantida com pequenos furos na estrutura, deixando passar parte do vento para que também não fique uma barreira rígida contra o vento. A corrente de ar no local não atrapalharia quem estivesse pedalando e não forçaria a estrutura”, contou.
A consulta pública para a população sugerir melhorias no projeto de instalação de barras de aço na ponte foi aberta no último dia 17 e tem duração de 15 dias, no site da ARSP.
O modelo, de barras de aço de dois metros de altura, aprovado pela agência, aconteceu depois de a ponte ter registrado paralisação histórica de oito horas no dia 10.