Da redação: Elton Luiz Victória
O nascimento de um bebê pesando mais de 5 quilos surpreendeu uma família e médicos em Santa Maria de Jetibá, a 88 km de Vitória no final da tarde da última quarta (09). A mãe, Ana Paula Schaeffer, deu a luz a um menino bem acima do peso indicado nos exames de pré-natal. O acompanhamento indicava que o bebê possuía por volta de 3.600 kg, mas a criança nasceu com 5.010 kg e 52 centímetros.
O parto, de cesariana, foi realizado com 38 semanas de gestação. A mãe ficou surpresa com o peso do bebê. “Não esperava que ele nascesse com 05 quilos”, respondeu timidamente, porém muito feliz. Crizan Schaeffer, pai da criança, também não sabia do inesperado. “Também foi uma surpresa. Não esperava que fosse tão grande”, respondeu. O casal, da localidade de Baixo São Sebastião de Belém, já fez a escolha do nome da criança. Se chamará Henzo.
De acordo com Helmar Berger, médico e cirurgião obstétrico do Hospital Concórdia, o parto foi tranquilo. “Foi uma cesária normal, sem qualquer complicação, mas foi bem surpreendente”, afirmou. O nome técnico para definir bebês que nascem com mais de 4 quilos é macrossomia fetal. O doutor, que já fez mais de 13 mil partos, lembra apenas de 15 a 20 casos parecidos. A condição é rara. Geralmente os casos têm mais relação com o diabetes gestacional, mas, segundo o médico, a mãe de Henzo não teve a doença e a criança nasceu completamente saudável. “Quando a gestante tem um aumento de peso maior que 15 kg durante a gravidez pode ocorrer a macrossomia, dentre outros fatores”, disse. Uma alimentação rica em carboidratos, como batata, inhame, mandioca, arroz ou pães e bolos, alimentos comuns e presentes no dia a dia dos pomeranos, povo que predomina na cidade, pode levar a casos semelhantes. “Também pode haver alguma ligação cultural do nosso povo e da região. Aqui temos o hábito de comer muita batata, é algo que costuma não faltar no almoço”, citou como exemplo. Dentre vários fatores, o nascimento de fetos macros, acontece às vezes por predisposição genética.
A pediatra do hospital, Simone Vilarin Gomes, disse que a criança é grande, mas não é obesa. “O bebê é saudável e, neste caso, precisa apenas do aleitamento em períodos mais curtos. Como a mãe ainda oferece pouco leite e o bebê pede mais que o normal, precisa ser mantido no soro para manter a taxa de glicose normalizada”, explica. “É um bebê grande e por isso precisou ser internado para tratar o controle da glicose, mas já estabilizou e continua mamando”, disse Dagna Zahn, técnica em enfermagem do berçário da maternidade. O bebê segue internado em estado de observação no hospital do município sem previsão de alta.
Há poucos anos o mundo ficou surpreso com o nascimento de um bebê gigante na Indonésia, que pesou 8,7 quilos e mediu 62 cm. Em outro caso, um menino em Minas Gerais nasceu pesando 6,5 quilos, sendo que o “recorde” nacional é de um bebê nascido em Salvador, em 2005, com 7,5 quilos, mais que o dobro de um recém nascido comum.