
Hospital Concórdia é o único centro hospitalar com atendimento de urgência em Santa Maria de Jetibá. Foto: Francisco Carioca/Pomerana FM
Da redação: Elton Luiz Victória
A Fundação Hospitalar Beneficente Concórdia, o hospital Concórdia de Santa Maria de Jetibá, iniciou neste mês a obra de ampliação e busca o apoio da comunidade por meio de uma campanha com donativos para realizar o trabalho. O projeto prevê uma ampliação de 457,31 m² do pronto socorro do hospital com previsão de entrega de 6 meses.
A obra do único centro médico de emergência do município será com recursos próprios e da comunidade e terá duas etapas, que inclui a ampliação e reforma do prédio antigo. Os recursos da reforma já estão garantidos. Parte do valor foi obtido por meio de uma emenda do Deputado Federal Lelo Coimbra na ordem de R$ 1 milhão, além de R$ 355.843,46 do próprio hospital, arrecadados com o sorteio durante a Festa Pomerana do ano passado. O que ainda falta são recursos financeiros e material para a ampliação, da qual aproximadamente um terço do valor total orçado deverá ser obtido por meio de doações de moradores, empresários e instituições públicas e privadas.

À direita, Renato Potratz e, à esquerda, Heder Gumz: “o hospital é nosso, é do povo”. Foto: Elton Luiz Victória/Pomerana FM
Em entrevista à Rádio Pomerana FM, o vice-tesoureiro do hospital, Renato Potratz, falou sobre a obra e a destinação dos recursos. “Serão muitas modificações, uma reforma funcional. Nosso objetivo principal neste momento é estimular a comunidade com uma campanha a fim de estimular a comunidade para efetuar doações. Precisamos da população pra isso. Pode ser 1 quilo de prego, uma lajota, um saco de cimento, um vergalhão, quantidade de dez ou cem, não importa. A lista é ampla, então não importa a quantidade e quem queira doar. Todas as doações serão bem vindas e quem quiser acompanhar e até fiscalizar as obras, pode ficar à vontade”, respondeu.
O valor da ampliação está orçado em R$ 877.918,08, de responsabilidade do Hospital, que deverá ser arrecadado por meio de doações. O custo da mão de obra é de R$ 185 mil, dedicados a uma construtora licitada. O restante será gasto com material de construção.
Doações de qualquer tipo e quantidade podem ser feitas de diversas formas: por meio da compra de material de construção em qualquer loja e deixando o cupom fiscal na recepção do hospital com a administradora ou com qualquer membro da diretoria e também com doação em dinheiro. “Vai ser uma campanha muito transparente, estamos muito animados, a população vai abraçar esta causa”, alertou Renato, completando que cada doador terá seu nome registrado em um livro ouro.
Renato disse que a reforma somente poderá ser executada após o término do trabalho de ampliação, que possui prazo de 6 meses. Caso o prazo seja ultrapassado, o valor da ordem de R$ 1 milhão não será liberado por uma instituição bancária. “Vamos construir, deixar pronto, depois seremos fiscalizados e só então teremos a liberação do recurso para a reforma do prédio antigo. Teremos que trabalhar com afinco até novembro para que tenhamos a liberação do recurso da reforma garantido”, informou.

Projeto do hospital pronto após reforma e ampliação. Imagem: divulgação/Hospital Concórdia.
De acordo com o vice-presidente da Fundação Hospitalar Concórdia, Pastor Heder Frederico Pieter Gumz, o hospital, que está com todas as contas em dia é privado, mas a reforma é para melhorar o atendimento à população. “Queremos fazer o melhor para o nosso município. São pessoas que trabalham de forma voluntária, com o único objetivo de ajudar as pessoas do nosso município e arredores, para que tenham atendimento garantido. Se o povo se unir, podemos fazer mais sempre, cada vez melhor, não precisaremos mais sair de Santa Maria para ser atendido”, comunicou. “O hospital é nosso, não é gerido pela Prefeitura, pelo Governo Estadual ou Federal, portanto, precisamos acreditar nesta causa” disse Renato.
Durante o período de reforma, o atendimento médico não deverá ser prejudicado. “Haverão transtornos, mas tentaremos influenciar o menos possível no atendimento do hospital”, respondeu Renato. Depois da reforma, Renato indicou a possibilidade de abrir novas especialidades de atendimento. Um grande evento com shows nacionais deverá ser realizado pelo hospital a partir de setembro com o objetivo de arrecadar mais recursos.
Relação de materiais que podem ser doados para a ampliação do Hospital Concórdia:
Podem ser doados quaisquer tipos de materiais, qualquer quantidade e valor.
A pessoa interessada em doar pode comprar o material na loja e entregar o cupom fiscal no hospital ou levar e entregar diretamente na instituição.

Foto: divulgação/Hospital Concórdia
1.000 UN Vergalhão n° 4.2
1.500 UN Vergalhão n° 5.0
1.000 UN Vergalhão n° 08
500 UN Vergalhão n°10
150 UN Vergalhão n°12
250 Madeira Taipa

Foto: divulgação/Hospital Concórdia
2.000 m Ripão 5×3
300 m Ripão 10×3
100 folhas Madeirite 12 mm
35 folhas Madeirite 10 mm
700 UN Varão de eucalipto 4m
50 kg Prego

Foto: divulgação/Hospital Concórdia
100 kg Arame recozido
50 m3 Concreto
1.000 sacos Cimento
15.000 UN Lajotas 20×40
1.000 UN Lajotas 20×20
100 cx Luz (para laje)
300 cx Luz 4×2 (parede)
1.000 m Mangueira corrugada 3/4
Como funciona o hospital
Entidade civil, de direito privado, sem fins lucrativos (filantrópica). Reconhecida como utilidade pública federal, estadual e municipal. Tem por finalidade a prestação de assistência médico-hospitalar. Possui 58 leitos, sendo 56 destinados ao SUS. A diretoria da instituição trabalha de forma voluntária.
O Hospital possui 93 funcionários, dentre eles, 01 médico plantonista clínico 24h e 01 diarista de segunda a sexta-feira; 02 plantonistas 24h nos finais de semana. Possui, ainda, escala de sobreaviso para as especialidades: cirurgia geral, obstetrícia, pediatria e anestesiologia.
Moradores podem também doar alimentos
O hospital também continua recebendo a doação de frutas, verduras, legumes, alimentos não perecíveis e produtos de limpeza. Podem ser doados, em especial, verduras e legumes, como tomate, batata, repolho, alface e temperos como cebola, algo, cebolinha, coentro e salsa. Também podem ser entregues alimentos não perecíveis, como arroz, feijão e macarrão.
Segundo o Pastor Heder Frederico Pieter Gumz, vice-presidente do hospital, há recursos, mas quando o morador realiza doações, o dinheiro gasto com tais produtos pode ser investido em outras áreas e setores. “Com essa economia, podemos realizar outros investimentos, como reforma do hospital, pagar funcionários e comprar mais material de uso hospitalar, por exemplo”, disse Heder.