A suposta volta da Momo — a figura aterrorizante, de olhos esbugalhados, pele pálida e sorriso assustador, que ficou famosa no WhatsApp, em 2018 —, desta vez em vídeos no YouTube Kids ensinando crianças a cometerem suicídio, tem deixado pais em alerta. coque iphone 8 A primeira sensação é de impotência diante daquilo que circula na Internet, uma vez que, segundo os relatos, a aparição da Momo seria feita de forma aleatória, inclusive em plataformas protegidas. coque iphone soldes Ainda sem comprovação real que a boneca esteja realmente aparecendo, há quem defenda que tudo não passa de fake news. Ainda assim, a preocupação dos pais existe. Especialistas ouvidos pelo R7, no entanto, garantem que pais e mães que mantêm o diálogo aberto com seus filhos não precisam temer. “Os pais têm de saber o que seus filhos estão vendo na Internet”, recomenda Marina Vasconcelos, psicóloga especializada terapia familiar pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo). “A figura pode ser danosa, pois a criança não tem maturidade para distinguir o que real do que não é, ela não tem essa capacidade. Quanto mais ‘largada’, solta, for essa criança, mais risco ela corre”, alerta a psicóloga. Para a profissional, o ideal é falar abertamente sobre o caso. coqueiphone “Os pais têm de dizer o que está acontecendo, que está aparecendo uma bonequinha, que se ela aparecer o filho deve avisar. Tem de ser direto”, aconselha. É preciso explicar para a criança que a Momo não existe, que não é para ouvir o que ela fala, pois ela diz coisas erradas e que nada de ruim vai acontecer, nem para os filhos nem para os pais. coque iphone xs “É preciso deixar claro que se trata de uma invenção, de um mentira, que não é para acreditar nela.” Beatriz Moura, especialista em transtorno de personalidade borderline, saúde mental e ansiedade infantil, ressalta que, antes de mais nada, os pais precisam assumir seu lugar de pai e mãe. “Em primeiro lugar, antes de ser amigo, tem de ser pai e mãe. O dizer não faz parte. A primeira coisa é ter o diálogo constante”, recomenda. Não deixar que as crianças naveguem por onde bem entenderem é dever dos pais. “A gente tem vários meios de prevenir isso, ativar as configurações de segurança e controles parentais. Os pais não precisam deixar de trabalhar para monitorar isso, os links a que as crianças têm acesso chegam no celular. É só configurar”, explica Beatriz. É importante, segundo a especialista, que os pais alertem seus filhos sobre possíveis interrupções nos vídeos ou jogos. “A recomendação de não falar com estranhos, não aceitar bala de desconhecidos, vale também para a Internet. Os filhos têm de saber que não podem dar dados, não podem falar com quem não conhecem”, alerta. coque iphone 7 A psique humana, lembra Beatriz, tem tendência à curiosidade. coque iphone 7 Na opinião dela, não é o caso de mostrar a Momo ou fazer alarde. “Importante é que os pais tenham esse contato mais próximo do mundo virtual”, diz. “A ideia de que por falta de segurança os filhos ficavam mais em casa cai por terra. A falta de segurança chegou à Internet”, pondera a psicóloga. O acesso das crianças à tecnologia precisa ser monitorado. “Alguém fez essa conta para a criança, alguém permitiu que ela tivesse e-mail, pudesse estar na rede. Em alguns casos, a criança tem mais medo da bronca que vai levar do que daquilo que vê e não entende”, explica. O diálogo, mais uma vez, se impõe como única arma de combate possível. A criança não pode ter mais confiança em falar com um desconhecido em uma rede social do que com os próprios pais. A família não pode ter medo de dizer não. “Percebo em consultório: muitas vezes sobra para os profissionais e para a escola esse ‘não’. A criança precisa de limites, ela não tem noção do que é impróprio, se aquele conteúdo é para fazer mal a si mesmo ou a outros.”
Beatriz alerta também que muitos dos que são vítimas desses “incentivos” virtuais para atentar contra a própria vida, como a Baleia Azul ou o Desafio Momo, estão, no fundo, pedindo atenção. “Vamos ficar mais próximo dos filhos, não vamos deixar a tecnologia cuidar das nossas crianças”, recomenda.
Com informações do Portal R7 e Folha Vitória.